Quando aquela porta se abriu eu não te vi, não te vi pois estava preocupado como atravessá-la.
Você me viu e quando te vi me lembro de você estava me olhando, com aquela expressão de: "meu salvador chegou".
Nada por um bom par de dias foi mais belo que aquela expressão, me senti único e salvador.
Quando atravessei, lá no fundo vi que não havia o que salvar, não havia o que fazer.
Esperei.
Esperei.
Conversamos aquilo que duas pessoas conversam.
Nada demais.
Mas quando eu tive de ir ali, pude ver de novo que a vontade de estarmos juntos era maior que a de nos separarmos.
Vi que problemas banais eram banais por não serem mais importantes que nós.
Problemas banais as vezes são maiores que nós. Bem maiores.
Quando partirmos deixando aquela casa de gente viva e morta para trás, era tudo como sempre foi.
Noite e sem caminho para seguir, tivemos de pagar ao senhor da travessia parar passarmos pelo mar de petróleo.
Ao nosso palácio chegamos como chegam principes e princesas, podres de cansaso e sono.
Nada me deixou mais feliz que o lar, o nosso lar.
Abra a porta meu bem, e veja como te amo dentro daquilo que construímos.
Era tudo que a noite pedia, cama.
Sonhos e calor.
Seu calor, ou melhor, meu calor.
Durma bem Princesa, durma bem.
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