Quando somos Reis, nós não podemos fazer tudo sozinhos, não nos dias de hoje, o parlamento manda e o povo acredita que o Rei é a voz do povo, que o Rei, é quem os representa.
No fundo, isso é verdade, claro que todo Rei tem suas obrigações que acredito serem muitas, principalmente as diplomáticas, acredito que isso seja realmente importante, acho que o Lula nos mostrou bem nos anos em que ele ficou no nosso trono como diplomacia e fazer o país parecer bonito para fora é importante para uma nação, mas, e se o nosso querido Rei fosse gago. Não gago daqueles que conseguem falar com uma pequena pausinha mas gago daqueles que trava e não sai uma palavra sequer, acredito que seria um problema, e é mais ou menos sobre isso que se trata o filme O Discurso do Rei, é, chegamos ao assunto.
O filme não é simplesmente a luta de um Rei que quer aprender a falar. O filme retrata o fim da vida de George V, até então Rei da Inglaterra e outros países, mostra a importância de um Rei discursar a seu povo, coisa que é possível ser feita no filme por causa do recém inventado rádio, sem fios. Agora o Rei pode falar diretamente para todos, Australianos, Galeses, Irlandeses...etc.
Hard Spoilers:
Mas o filme começa quando nós nos damos conta que o Rei vai morrer e o reino vai ficar para o filho fanfarrão e farreiro, e ele quer casar com uma estadunidense divorciada duas vezes, e todos sabem que o Rei como parte da igreja católica não pode se casar com alguém que se divorcia, a igreja não reconhece o divórcio, por isso o filho fanfarrão é levado a renunciar o trono que então fica para o próximo da linha, infelizmente, ao ver dele pelo menos. O duque de York, Bertie, que é como o seu "médico" insiste em chamá-lo, mesmo contra a sua vontade.
No final das contas, quando dou por mim, o filme acaba, de forma bela. É ai então que eu percebo a beleza, a mágica que o filme, simples, com enquadramentos não muito comuns e que retratam o sentimento de pequenes do Duque (ele é no começo do filme enquadrado no canto da tela, tentando claramente mostrar sua insegurança, seu medo, enquanto no final do filme, bem, o enquadramento muda.), resumindo, o filme é bem especial e mágico dentro do que se propõe a fazer.
Destaque para Colin Firth(George VI, o gago) e Geoffrey Rush (Lionel, o pseudo ator que ajuda em problemas de fala), suas atuações são, sem dúvida alguma dignas de Oscar, os dialogos engraçados, tristes e altamente entusiasmante que eles tem são a melhor coisa recente do cinema, eu, acredito realmente que este filme tenha sido o melhor que vi nos últimos meses, não posso dizer que foi o melhor de Fev 2010 á Fev 2011 porque nem lembro do que vi neste espaço de tempo, mas sem dúvida alguma eu aprecio e irei torcer muito para que o Oscar seja realmente entregue para quem merece, porque filmes tão bem feitos e atuados como estes não aparecem todo dia.
Helena Bonham Carter também está no filme, e com uma simples e bela atuação, acredite, cada diálogo deste filme vale a pena.
Nota 9 para este filme ;)
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