quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vampiros literários





Antigamente eu caçava livros de vampiros nas prateleiras das livrarias, adoro estórias com estes seres da noite sugadores de sangue, mas infelizmente não era muito fácil arranjar livros que contém boas estórias deles, a maioria sem muito o que contar e sempre com a mesma estorinha de caçador de vampiros que se escondem na noite, tudo "Blade" demais pro meu gosto, as únicas boas comprovadamente eram dos livros da Anne Rice, mas já estava bastante saturado de lê-la.

Foi então que veio Crepúsculo e com seu sucesso dezenas de livros foram lançados, ainda piores do que haviam antes ou plagiando totalmente a famosa série de livros e filmes ou criando histórias muito sem graça, mas felizmente essa onda de vampiros ajudou muitos outros livros bons que eram esquecidos pelas editoras nacionais, um deles, uma obra prima da literatura vampiresca, Anno Dracula. Não serei hipócrita e direi que comprei ele porque conhecia o autor ou sabia que era bom, eu comprei ele por causa de um simples comentário, daqueles que vemos nas capas dos livros, feito por jornais, jornalistas ou até mesmo outros escritores, mas este comentário não era de um simples escritorzinho desconhecido, bem, não era desconhecido pelo menos para mim, mas sei de muitas pessoas que até eu falar dele nunca tinham ouvido. Na capa havia o seguinte comentário: "refinado, brilhante, único" Neil Gaiman, bem, se me conhecem um pouquinho sabem o quão fã dele eu sou, então para mim isso bastou para comprar o livro.

Comprei, terminei-o em uma semana e só consegui pensar: "Se pudesse fazer um comentário que fosse impresso na contra-capa do livro eu diria: ' incrível, mágico, impressionante e impossível parar de ler depois da primeira página'." desde então eu não consegui parar de pensar, apreciar e analisar o livro, uma obra prima vampiresca.
O mais interessante é o mundo complexo e encantador que Kim Newman cria a cada página do livro, no começo você fica perdido, o primeiro capítulo fala sobre um personagem, o segundo sobre outro, o terceiro sobre outro e assim varia o livro todo, entre alguns núcleos que vão se separando e criando novas sequências de capítulos e outros que se fundem e desfundem, incrível como ele aborda os acontecimentos linkando um e outro capítulo e como algo que um personagem faz em um capítulo afeta o que acontece no seguinte. Simplesmente incrível como esta obra prima de Kim Newman demorou a vir para o Brasil, foi escrito em 1992 e apenas em 2009 ele chegou aqui, para mim foi uma vergonha esta demora, como outras demoras que acontecem também (fiquei um ano esperando a tradução de O livro do cemitério de Neil Gaiman).

Bem, não vou contar muito do livro, já que esconde uma série incontáveis de surpresas conforme a estória vai se desenrolando, também inúmeros personagens de outras obras ficcionais que ele "pega emprestado", como Drácula da obra de Bram Stoker e personagens reais como a Rainha Vitória, Bram e Florence Stoker, Oscar Wilde, entre outros. Ele junta isso tudo na Inglaterra vitoriana, coloca Drácula como vencedor da disputa contra Van Helsing, que desposa a Rainha e espalha o vampirismo pelo Império e pelo mundo.

Neste local infestado de "quentes e frios", Jack, o estripador começa a fazer suas vitimas (prostitutas vampiras) e começa chamar a atenção de todo alto escalão do império, do próprio Vlad Tepes (Conde Drácula) e toda Inglaterra.
Eu tenho uma lista mental dos livros que já li e gostei, nesta lista podemos dizer que há algumas outras divisões como gênero e autor, se eu fosse escolher os cinco melhores livros de vampiro que já li, sem a menor dúvida Anno Dracula ficaria em primeiro, seguido por Noturno (livro de vampiro pós-crepúsculo) de Guilhermo Del Toro e Chuck Hogan, Entrevista com o vampiro de Anne Rice, entre outros.


Se eu listasse os melhores livros em geral, seria a seguinte:
Primeiro: Lugar Nenhum de Neil Gaiman;
Segundo: A Estrada de Cormac McCarthy;
Terceiro: O vendedor de armas de Hugh Laurie (sim, o doutor House escreveu um livro, que sim, é de 1996 também e só chegou em 2010 no Brasil e esgotou em duas semanas a primeira leva de livros);
Quarto: O livro do cemitério de Neil Gaiman (que tive a felicidade de acabar de ler, me maravilhar e em seguida ler Anno Drácula que também me maravilhou);
Quinto e último desta lista: Anno Drácula de Kim Newman.

Então se houvesse uma recomendação excelente sobre livro de vampiro, essa seria a melhor delas.

Anno Drácula - Kim Newman



O melhor livro de vampiros que já lí, por hora.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pessoas simples me deixam entediado.

As pessoas a minha volta são complicadas e a maioria cabeça dura, sim, se você que me conhece, é meu amigo(a) entenda, você é uma pessoa complicada, principalmente as pessoas mais próximas, sim, estou falando da minha namorada, ooo pessoinha complicada ela, mas eu amo ela, fazer o que né?!

Sara, amor, você é complicada mas saiba que te amo, você já sabe, mas eu realmente gostaria de compartilhar isso com o resto do mundo (ou das pessoas desocupadas que lêem este blog) que eu te amo.

Afinal, o que é amar?! Eu estava esses dias falando sobre isso com a minha namorada, amar para mim não é amar tudo de bom que a outra pessoa tem, amar para mim é o oposto disso, é amar tudo de defeituoso que exista na outra pessoa, é ver seus defeitos, entender que todos temos defeitos e deixar pra lá, é tentar ajudar a pessoa a superar as dificuldades da vida, é estar presente para aquela pessoa sempre que ela precisar, é amar e respeitar (em todos os sentidos) aquela pessoa, amar não é simples, não podemos sair dizendo eu te amo para qualquer pessoa, não podemos fazer isso, pois fazer isso e atestar que você realmente não sabe o que é amar alguém e acha que qualquer sentimentozinho é amor. Eu sei disso porque eu amo.

Amo principalmente minha namorada, que apesar de todos defeitos que ela e todos nós tenhamos, eu os amo, os defeitos dela, amo tudo nela. Não ache que sou um louco que ama o defeito das pessoas, eu amo principalmente as qualidades das pessoas.

Se pudesse dizer algo para ela agora seria algo que sempre digo e direi até não conseguir respirar mais, e mesmo que não respire e não consiga dizer, eu sempre estarei pensando: "Eu te amo".